segunda-feira, 29 de junho de 2015

Ejeções de Massa Coronais - CMEs

Segundo Schwenn 2004 Ejeção de Massa Coronal (Coronal Mass Ejection - CME) são definidas como variações observáveis na estrutura coronal que 1) ocorre em uma escala temporal de alguns minutos até várias horas e 2) envolve o aparecimento e movimento para longe do Sol de uma estrutura nova, discreta, brilhante de luz branca no campo de visão de um coronógrafo. Schwenn 2004 também exalta o fato de que essa definição não especifica a origem da estrutura, nem sua natureza.

Essa definição deixa claro que somente as estruturas observadas no campo de visão de um coronógrafo é que são definidas como CMEs, ou seja, antes da observação sistemática do Sol através de satélites contendo coronógrafos a bordo, essas estruturas não era conhecidas. Portanto definir um coronógrafo se faz importante. A Figura 1 mostra duas imagens sendo, a da esquerda, do coronógrafo C2 e a da direita, do coronógrafo C3 do instrumento LASCO a bordo do satélite SOHO. Um coronógrafo é uma câmera que simula um eclipse através de um ocultador (discos vermelho e azul no centro das imagens da Figura 1), para que o brilho do Sol seja ofuscado, tornando possível observar seu entorno, nas precisamente, a Coroa Solar. Os círculos brancos em cada uma das imagens, marcam onde está e mostram o tamanho do Sol em cada uma das imagens.

A estrutura mas clara em forma de arco é exatamente a CME ejetada pelo Sol no dia 27 de fevereiro de 2000. 


Figura 1: Imagens do coronógrafo LASCO C2 (esquerda) e C3 (direita) mostrando uma CME ocorrida em fevereiro de 2000. FONTE: http://sohowww.nascom.nasa.gov/gallery/images/large/las02.jpg

Essas estruturas, quando viajam pelo meio interplanetário, poem eventualmente atingir a magnetosfera da Terra e provocar o fenômeno de Tempestade Geomagnética, que trata-se de um distúrbio no campo geomagnético, com transferência de energia do vento solar para a magnetosfera da Terra.

As Figuras 2 e 3 mostram mais imagens desse belíssimo fenômeno conhecido por poucos, mas que pode causar sérias consequências para nossos sistemas tecnológicos.

Figura 2:Imagens sequenciais da evolução temporal de uma CME, ocorrida em Março de 2000 (FONTE: http://sohowww.nascom.nasa.gov/gallery/images/large/c2panel00.jpg ).

Figura 3: Composição de imagens, mostrando o disco solar  e a possível fonte da CME no disco solar (FONTE: http://sohowww.nascom.nasa.gov/gallery/images/large/20031202c2eit304.jpg ).


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