O primeiro satélite científico Brasileiro, o NANOSATC-BR1, (NCBR1),
CubeSat 1U, primeiro nanosatélite científico universitário Brasileiro, Projeto
e Programa desenvolvido no âmbito da Parceria MCTI/INPE - UFSM, que foi lançado
em órbita terrestre da base de lançamentos espaciais da Rússia, em Yasny, pelo
lançador DNEPR, há exatos 5 meses (19 de junho de 2014), confirma previsão dos valores
teóricos da intensidade do Campo Magnético Total da Terra, conforme previsto
pelo modelo: “International Geomagnetic
Reference Field” – IGRF da IAGA/IUGG. Uma pré-análise científica dos dados observados
e coletados pelo magnetômetro de carga útil XEN-1210, em operação a bordo do
NCBR1, efetuada pela Equipe Científica do Projeto NCBR1, sob a liderança do Dr.
Marlos Rockenbach da Silva, no CRS/INPE-MCTI, em Santa Maria, RS, mostra uma
ótima correlação dos dados observados e coletados pelo satélite NCBR1 em
comparação com valores teóricos previstos para a intensidade do Campo Geomagnético
para a mesma altitude com a modelagem teórica do IGRF-IAGA/IUGG.
Para exemplificar, a Figura mostra um mapa da intensidade
total do Campo Geomagnético para altitude de 614km para a América do Sul,
região de domínio da Anomalia Magnética da América do Sul – AMAS, mostrando que
a variação espacial da intensidade total do Campo Geomagnético varia entre 24.000nT
na borda e 17.000 nT no centro na AMAS. A Estação Terrena de Rastreio e
Controle de Nanosatélites, ET(INPE-CRS), em Santa Maria - RS, está indicada na
Figura pela estrela preta, encontrando-se próxima ao centro da AMAS. A linha vermelha na
Figura indica a órbita aproximada do NCBR1 no dia 17 de agosto de 2014, no
período de 10:57h a 11:07h. Nesse período o nanosatélite científico se desloca
do polo Sul em direção ao polo Norte geográfico. No lado direito da linha
vermelha são apresentados os valores do Campo Geomagnético Total, em nanoteslas,
calculado a partir do registro das observações coletadas das três componentes
x, y e z do Campo Geomagnético feito pelo NCBR1, a 614 km de altitude.
Comparando esses valores com aqueles previstos pelo modelo do IGRF-IAGA/IUGG
pode-se perceber que o magnetômetro XEN-1210 do NCBR1(resolução nominal de 15
nT) além de registrar e confirmar a presença da AMAS sobre o Brasil, registra
valores da intensidade do Campo Geomagnético bastante condizentes, salvo as
diferenças que ocorrem devido às aproximações utilizadas pela modelagem do
IGRF.
Figura - Mapa da intensidade total do
Campo Geomagnético para altitude de 614km sobre a América do Sul, na região de
domínio da AMAS, onde a linha vermelha indica a órbita espacial aproximada do NCBR1
no dia 17 de agosto de 2014, no período de 10:57h a 11:07h, e ao lado direito
da linha são apresentados os valores da intensidade do Campo Geomagnético observados
e coletados pelo NCBR1 naquela órbita.
Uma
análise mais aprofundada dos dados observados e coletados pelo NCBR1 está sendo
efetuada pela Equipe Científica do Projeto NCBR1, e um artigo científico está
sendo redigido e logo será encaminhado para aprovação e publicação, em
periódico científico internacional, com uma análise mais profunda das
observações científicas e suas conclusões. Comprova-se assim a validade de uso
de tais tipos de experimentos, como o do NCBR1, para a investigação de
fenômenos eletrodinâmicos sobre a América do Sul.
Mais Informações: www.inpe.br/crs/nanosat
Notícia publicada em: http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3769
Mais Informações: www.inpe.br/crs/nanosat
Notícia publicada em: http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3769
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